COLEÇÕES

Juventude Universitária Católica

Identificação:


Denominação: JUVENTUDE UNIVERSITÁRIA CATÓLICA
Sigla: (JUC)
Natureza do Conjunto: Programa de Documentação Oral
Data Limite Inicial: 1983
Data Limite Final: 1983
Quantidade: 11 fitas cassete

Contextualização:

História Administ./Biografia: A primeira tentativa da Igreja Católica de reunir os universitários cristãos se deu com o surgimento da Associação Universitária Católica (AUC), em 1929, sob a influência do Centro Dom Vital. A AUC desempenhava o papel de reintegrar a "elite" ao cristianismo, incluindo a aproximação das elites dirigentes dos meios intelectuais e políticos, nos anos 30.
Para além de práticas esparssas e oficiosas, a origem oficial do Movimento Juventude Universitária Católica se deu com a promulgação do Estatuto da Ação Católica Brasileira, em 1935, e a integração da AUC nos quadros da Ação Católica Geral, em 1937.
Com essa integração, alguns aucistas se destacaram, tornando-se assistentes como Frei Romeu Dale, que atuou de 1949 até 1961 na JUC.
A Juventude Universitária Católica, como os demais Movimentos da AC, baseava também sua ação no método: VER (constatar a realidade); JULGAR (analisar a realidade) e AGIR (tranformar a realidade), que posteriormente foi substituído pelo ideal histórico, onde a reflexão sobre a realidade voltava-se para questões temporais, norteadas pelo ideal histórico, sempre à luz de princípios universais cristãos.
De 1950 a 1958, o Movimento voltaou-se mais para si mesmo, caracterizando-se por uma ação com dimensões mais espirituais.
A partir de 1958, principalmente com articulações da JUC de Minas Gerais e Recife, o Movimento passou a se engajar mais políticamente, envolvendo-se com tendências mais questionadoras da realidade social e política do País.
Essa transição do Movimento é marcada por conflitos internos e com a Hierarquia da Igreja e também pela substituição, entre os militantes, de estudantes de Direito por estudantes de Ciências Sociais e Economia, mais preocupados com a participação no meio social.
De 1959 a 1964, o Movimento é marcado por uma prática política mais intensa, com participação de jucistas na União Nacional dos Estudantes (como seu Presidente Aldo Arantes), na Ação Popular (formada por jucistas dissidentes), nas Ligas Camponesas, no Sindicalismo Rural e em Movimentos de Cultura Popular. Esta prática no meio social de forma mais incisiva e a politização crescente não é algo homogêneo. Os conflitos se dão entre alas que pensam e vivem diferentemente o Movimento.
De 1964 a 1966, jucistas tornam-se presença significativa na política nacional, o que leva a própria JUC a se desestabilizar, tanto pelas tensões internas, quanto externas. A Igreja resiste mais firmemente ao engajamento político da JUC, propondo a retirada dos militantes das mobilizaçõess políticas. Aqueles que não aceitam as determinações das autoridades eclesiásticas formam a EX-JUC, a partir de 1966.
A Ex-JUC mantém-se até 1968, após esta data o Movimento se organiza em pequenos grupos de reflexão social.
O Projeto "Igreja e Movimentos Sociais: a atuação dos cristãos no Brasil República 1920 a 1980", foi desenvolvido por professores e pesquisadores do Programa de Pós Graduação em História da PUC-SP, esteve articulado à linha de pesquisa "História dos Movimentos Sociais no Brasil", sob a orientação da Profª Drª Yara Aun Khoury. O projeto continua em andamento através do Programa de Documentação Oral da CEDIC. Tem como objetivo recolher, organizar e descrever arquivos dos Movimentos da Ação Católica e produzir depoimentos de seus militantes, colocando-os à disposição para consulta. Os documentos foram produzidos sob a coordenação direta da professora Maria do Pilar Araújo Vieira.
Hist. Arquivística/ Procedência: os documentos foram doados à CEDIC, em 1988, pelos professores que participaram do projeto

Conteúdo e Estrutura:

Âmbito e Conteúdo: A Coleção compõe-se de depoimentos orais, individuais de militantes sobre sua trajetória nos movimentos de JUC, abrangendo os períodos de 50, 60 e 70. Os depoimentos contém cadernos de campo e fichas de identificação dos depoentes.
A Coleção possui os seguintes entrevistados, conforme suas atuações e respectivos períodos no Movimento de Juventude Universitária Católica.
Andrade, Alda (militante; 1945-1947)
Andrade, Teófilo (militante; 1945-1947)
Araújo, Arselina Ribeiro (militante; 1954-1957)
Barelli, Walter (militante; equipe piloto; 1959-1964)
Carvalho Filho, José Juliano (militante; equipe de base;1956-1968; Ver Carvalho, Elisa)
Carvalho, Elisa (Teca; militante; equipe de base; 1956-1968; Ver Carvalho Filho, José Juliano)
Corazza, Darcy (assistente nacional; 1960-1965)
Cotrin, Paulo de Arruda (militante; 1946-1957)
Dale, Romeu (frei; sacerdote dominicano; assistente eclesiástico; assistente nacional; 1945-1961)
Gusso, Enzo Campos (padre; assistente nacional; equipe de base; 1956-1967)
Josaphat, Carlos (frei; sacerdote dominicano; 1961)
Nagamine, José (militante;equipe de base; equipe diocesana; equipe regional São Paulo; 1953-1964)
Padim, Cândido (dom; sacerdote beneditino; assistente geral; 1938-1966)
Passos, Darcy P. (militante; 1945-1950)
Wanderley, Luiz Eduardo Wandemarin (militante; equipe nacional; 1956-1960)
Sistema de Arranjo: A Coleção encontra-se organizada. Os depoimentos foram organizados em ordem cronológica por sessão de entrevista.

Condições de Acesso Uso:

Condições de Acesso: Não há restrições.
Instrumentos de Pesquisa: . Catálogo preliminar de Depoimentos Orais de Militantes da Juventude Operária Católica (JOC) e Juventude Universitária Católica (JUC). São Paulo, CEDIC, 1990.

Notas:

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