Mostra Justiça para os crimes da Ditadura


A PUC-SP E AS LUTAS PELA ANISTIA: MEMÓRIA E JUSTIÇA

Há 35 anos, em novembro de 1978, o TUCA sediava a seção de abertura do Primeiro Congresso Brasileiro de Anistia. Realizado nos espaços de nossa universidade, no TUCA, no Tuquinha e nas salas do Instituto Sedes Sapientiae, o Congresso constituiu momento importante na articulação daquele que seria o primeiro movimento nacional unificado contra a ditadura. A partir do Congresso, assumidas por diferentes setores da sociedade e entidades identificadas com as lutas de resistência, a campanha pela Anistia, Ampla, Geral e Irrestrita amplia- se e espalha-se de forma massiva por todo o país. As denúncias sobre as graves violações de direitos humanos perpetradas pelos órgãos de repressão, como as de práticas de tortura, assassinatos e desaparecimentos forçados, e a defesa da anistia unificam-se e ganham maior repercussão. As mobilizações exigindo a revogação da Lei de Segurança Nacional e de todos os atos e leis de exceção em vigor e a volta à plena redemocratização da vida política multiplicam-se nos vários espaços e camadas sociais e nas várias regiões do país.

Registre-se que, além da decisiva participação no Primeiro Congresso Brasileiro de Anistia, a comunidade de estudantes e professores da PUC-SP esteve fortemente mobilizada e envolvida nas lutas pela Anistia. Os diversos espaços da Universidade e, principalmente o TUCA, foram palco de importantes manifestações pela anistia entre os anos 1977 e 1980. Por esta história, o TUCA transformou-se em lugar simbólico destas lutas e as principais comemorações dos dez, vinte e trinta anos de aprovação da Lei de Anistia foram realizadas em nosso teatro.

Ao organizar esta mostra virtual sobre as lutas pela anistia, com imagens de cartazes, fotografias e outros materiais dos movimentos, a Comissão da Verdade da PUC-SP REITORA NADIR GOUVÊA KFOURI se propõe registrar a presença da universidade naquelas lutas e, na sua atualização, contribuir para o avanço das discussões e ações que garantam o efetivo exercício dos direitos à memória, à verdade e à justiça em nosso país.

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