A festa de Babette: uma alegoria da ressurreição
Maristela Guimarães André

Resumo

O artigo apresenta uma leitura do filme dirigido por Gabriel Axel com base na adaptação do conto de Karen Blixen (pseudônimo da escritora dinamarquesa Isak Dinensen), sob a ótica da experiência estética e do reconhecimento da narrativa do cinema como linguagem — nesse filme, em especial, uma narrativa alegórica.

Para tanto, pretende indicar que a possibilidade de uma visão crítica do espectador reside na sua capacidade de, apropriando-se da linguagem do filme, reconstruí-lo como objeto, salvando-o da linearidade “narracional”, para, em cada fragmento (cena, imagem, gesto, som), revelar um outro sentido.


Palavras-chave: narrativa alegórica; imagem; memória; tradição; reconstrução.

Abstract

The article presents a reading of the film directed by Gabriel Axel based on the adaptation of Karen Blixen’s tale (pseudonym of the Danish writer Isak Dinensen), under the optics of the esthetic experience and of the recognition of the narrative of the movies as language in this film, especially, an allegorical narrative.

For so much, it intends to indicate the possibility of a critical vision living in the spectator’s capacity of, appropriating of the language of the film, to rebuild it as an object, saving it from the “narrafine” linearity, so that, in each fragment (scene, image, gesture, sound), another sense can be reveled.


Keywords: allegorical narrative; image; memory; tradition; reconstruction.

Maristela Guimarães André, filósofa e professora do Departamento de Teologia da PUC-SP. E-mail: mgandre@cogeae.pucsp.br


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