AUTOPSICOGRAFIA

                                            

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente
.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa (1888-1935)

                      (28.02.1929)

Alhambra (pencil, 1936)


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WebQuest elaborada por: Celina A.A.P.Abar e Lisbete Madsen Barbosa.