O Núcleo Lógicas institucionais e coletivas pesquisa os processos de produção de subjetividade numa abordagem institucional e mais especialmente nas interfaces com as formas jurídicas e com o campo da saúde mental. Trabalha na confluência das teorias da subjetividade e das teorias sobre a sociedade, que conformou diversos matizes no tocante: às análises e intervenções junto a grupos, instituições e coletivos e aos modos históricos de produção de subjetividade. Recorre a diálogos entre vários campos conceituais, como a análise institucional francesa (Lourau, Lapassade), a micropolítica (Guattari, Deleuze) e aos teóricos críticos das políticas de produção de subjetividade e das estratégias de poder, especialmente os aportes de Michel Foucault.
Focaliza os seguintes eixos temáticos: as interfaces direitos humanos, justiça e saúde mental; as interfaces das práticas da psicologia com a justiça, mais especificamente as relacionadas ao conflito com as leis; as políticas públicas de saúde mental e de socioeducação para a infância e a juventude; os efeitos e as dimensões coletivas das violências e da violação de direitos; as modalidades de resistência e de subjetivação de crianças e adolescentes nas situações de violência e de vulnerabilidade; e os dispositivos e intervenções clínico-políticas nesses âmbitos .
No Programa de Estudos Pós-graduados mantém um trabalho articulado ao Núcleo Psicanálise e Política, coordenado pela Profa Miriam Debieux Rosa, em três eixos de discussão:
a) o da adolescência/juventude em conflito com as leis; b) o das intervenções e dispositivos clínico-políticos; c) violências: sujeito e política.
Participa também do GT Subjetividade Contemporânea da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia.
Linha de pesquisa
1. Expressões do mal estar na sociedade contemporânea: violências e migrações
Objetivos: Estudo dos efeitos disruptivos na subjetividade como conseqüências da vulnerabilidade social, propiciadora de violação de direitos e da exposição ao desamparo econômico, social e discursivo. Estudo dos processos sociais e subjetivos de resistência e elaboração dos impasses destes sujeitos. Fundamentar dispositivos de pesquisa-intervenção favorecedores da escuta e restituição do sujeito em situação de risco social com populações em situação de vulnerabilidade social seja por condições sócio-econômicas, sexo, idade, etnia. Oferecer subsídios para profissionais desse campo nos estudos/intervenções interdisciplinares.
Grande área: Ciências Humanas / Área: Psicologia / Subárea: Psicologia Social.
Linha de pesquisa no Pós-graduação de Psicologia Social PUC-SP: Aportes da Psicologia Social à compreensão de problemas sociais
Palavras-chave: psicanálise; criança; adolescência; imigração; família; violência.
Essa linha está articulada ao Grupo de Pesquisa CNPq Sujeito, sociedade e política em Psicanálise. (Líder: Miriam Debieux Rosa)
2. Processos de subjetivação e formas jurídicas
Objetivos: A linha de pesquisa pretende: a) contribuir para a formulação de parâmetros ético-políticos no tocante às intervenções no campo psi-jurídico; b) construir a análise crítica do encontro entre as práticas jurídicas e as práticas psi, bem como dos modos de subjetivação acionados nas práticas jurídicas; c) discutir a produção de novas formas da "justiça", especialmente no campo da infância/adolescência, caso em que a "singular" posição subjetiva da infância problematiza as formas do direito. Por esse prisma, essa linha busca dialogar com uma questão crucial no campo dos direitos humanos: como articular direitos humanos e direito à singularidade? Nossa abordagem privilegia a análise crítica das condições de produção dos saberes e práticas derivados deste encontro, ou seja, as formas e as condições sócio-histórico-institucionais dessa relação.
Esta linha está articulada ao Grupo de Pesquisa CNPq Políticas da Subjetividade. (Líder: Peter Pál Pelbart). |