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“Corpaixão: Estética dos sentidos no ser-tão-mineiro” Neusa Beatriz Henriques Guimarães Pereira RESUMO A pesquisa foi atualizável, quando consegui constituir-me numa viagem em que subjetivação e objetivação fossem um rizoma incessante de revezamentos. Constatei que os equipamentos coletivos são complexos maquínicos heterogêneos produtores (reprodutores, antiprodutores) de subjetividade, que a realidade devém em incessantes totalizações, que agregam-se umas às outras e são imanentemente, sociais, subjetivas, semióticas e tecnologicas. Esses mundos se processam ao nível de modos de produção “materiais”, de regimes politicos e de sistemas de representação (códigos, sobrecódigos e axiomáticas, mitos ritos, fetiches, símbolos ícones e figuras). O campo do virtual, dos processos da produção-desejante-revolucionária, das conexões nômades e aleatórias de fluxos permeiam a realidade sem parar e nunca deixam de deflagrar a gênesis de subjetivações nômades, de devires-acontecimentos de individuações e coletivas por “ hacceidad ”, que se plasmam em minorias inovadoras, com linhas de fuga, ondas de contágio multitudinário. Como gravurar cartografias enfatizando o processo do corpaixão na ética e estética dos sentidos, da sensibilidade do ser-tão mineiro? Corpaixão como a ação e paixão de corpos intensivos que vivem as vicissitudes do processo continuum de invenção de uma receptividade, expressividade, vivencialidade, autoplasticidade, sociabilidade, imanente a uma multiplicidade de temporalidades e espacialidades naturais, geológicas, geográficas, raciais, sexuais, climáticas. As memórias, os resíduos históricos produziram cartografias, e estas afetaram a dimensão do corpaixão, que se fazia na Casa Grande, Senzala, Engenho, Quilombo, Tribos Indígenas, Aldeias, Lugarejos, Arraiais e Vilas. Pesquisei autores como Ribeiro, Clastres, Castro entre outros. O inconsciente maquínico intensificava os acontecimentos agenciados, estes adquiriam sentidos e força de seres: diabólicos, feiticeiros, politicos, ardorosos, maléficos, atuantes. As imagens, cores e formas autonomizadas, atualizavam-se, intensificando a produção da subjetividade antropofágica.
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