Número 22, Julho - Dezembro/2020
ISSN: 1984-3585
 
 

ARTIGOS

Preâmbulo para uma virada do não humano no século XXI: uma leitura a partir de Foucault - por Clayton Policarpo

O presente artigo aborda três momentos na história da teoria crítica que, desde a década de 1960, reivindicam a desestabilização de modelos antropocêntricos de produção de conhecimento. O primeiro refere-se ao “fim do homem”, proclamado por Michel Foucault em “As Palavras e as Coisas”, de 1966. O segundo é o advento do pós-humano, entre os anos de 1980 e 1990. O terceiro diz respeito à chamada “virada do não humano”, declarada na primeira década do século XXI. O texto tem por objetivo evidenciar uma onipresença do pensamento foucaultiano nessas tendências de pensamento crítico. (...)

Crip teleportation: the animal that therefore I am—or I am not - por Francisco Trento

This paper examines how disabled body-minds are discursively dehumanized or superhumanized. It draws on Critical Disability Studies and the Crip Studies scholarship and focuses on invisible mental disabilities, mainly those of the neurodiversity spectrum. (...)

Bioceno: as revoluções da Terra e a nova era da vida artificial - por Rodrigo Petronio

Há alguns anos concebi e comecei a desenvolver um novo conceito a partir de um neologismo: “bioceno”. Ao pesquisar o termo “bioceno” em inglês, deparei-me com um nome solitário, isolado como uma ilha no oceano da internet: Vikram Shyam. Shyam é pesquisador da NASA na área de engenharia e inteligência artificial. Neste ensaio, dialogo com os conceitos de paleomimesis, fisiomimesis, biomimesis e antropomimesis desenvolvidos por Shyam. (...)

O último olhar de King Kong: antropocentrismo e tecnociências - por Adriano Messias

Os símios estão entre os animais historicamente escolhidos pelo sapiens como cobaias, duplos, companhia, peças de jogos de espetáculo e de extermínio. Os macacos são uma escolha usual em laboratórios no que diz respeito às pesquisas das chamadas “naturezas híbridas”, que investigam, por exemplo, a produção de órgãos e tecidos para transplantes. (...)

Quando as mecânicas de jogo emergem das colônias de formigas - por Michelle Westerlaken

Este trabalho contextualiza a pesquisa desenvolvida por Michelle Westerlaken, em 2016, acerca da interação de formigas no design de jogos lúdicos. Na primeira parte do artigo, a autora defende a ludicidade como um atributo comum entre humanos e animais, e sugere dois caminhos possíveis para se pensar a participação dos animais no desenvolvimento de uma mecânica do jogo: o animal como parte do sistema e o animal como jogador. A segunda parte problematiza algumas das questões envolvidas no projeto e desenvolvimento de uma mecânica de jogo para entidades com as quais não nos relacionamos no contexto de interações lúdicas, como no caso das formigas. (...)

SARS-CoV-2: um ensaio de semiobiônica computacional - por Carlos Eduardo Pires de Camargo

Apresenta-se neste ensaio o conceito de “semiobiônica computacional”, derivado da biônica clássica e que utiliza a semiótica como campo mediador entre o mundo biológico e os sistemas computacionais bioinspirados. O foco é o desenvolvimento de modelos que possam servir à criação de dispositivos de engenharia ou técnicas de simulação em contexto de software. (...)

 
DOWNLOAD DA EDIÇÃO COMPLETA
 
TwitterFacebook
________________________________
Programa de Estudos Pós-Graduados em Tecnologias da Inteligência e Design Digital
PUC-SP