A ARTE DA EXCEÇÃO
Miguel Chaia
Marcelo Cidade é um artista que cria ou altera o ambiente ao seu
redor, produzindo um outro lugar poeticamente expressivo. Por meio de diferentes
operações estéticas reinventa formas de linguagem constituindo,
assim, novos e surpreendentes espaços, fazendo aflorar heterotopias
– possíveis, principalmente, enquanto experiência que
une arte e vida. Esta relação arte-vida potencializa o artista
a mover-se num fluxo pendular contínuo entre o âmbito social
e o subjetivo, gerando trabalhos que devem ser compreendidos neste movimento
de ir e vir do espaço público ao espaço interno.
As obras expostas em “Outro lugar” elucidam esta questão
migratória fundamental no seu processo de criação artística.
Veja-se a série “Fogo fato” (2005), na qual fotografias
que registram as marcas de fogo deixadas nas paredes ou automóveis
por manifestantes franceses são misturadas às outras fotos
de manchas de spray feitas pelo artista, simulando vestígios das
manifestações. Confundem-se a ação real dos
sujeitos nas ruas com a ação real do artista. Misturam-se
os focos da origem da obra que podem ser localizados tanto na dimensão
objetiva quanto na subjetividade: qual presença se impõe,
a coletiva ou a individual? Quem é o autor ou qual é o sujeito
que se expressa?
Também as duas séries de fotografias (“Realização
Impossível ou o Poder como soma de seduções”,
“Eu preciso estar seguro de você”, 2006) que registram
intervenções sobre um cenário dado, indicam a capacidade
do artista atuar no interior de um espaço público. A ação
artística aparece então como um ativador de novas situações,
dando continuidade à ação anônima. O resultado
estético é obtido pela somatória do esforço
dos sujeitos indeterminados que agiram sobre o meio-ambiente com o esforço
singular do artista. Um tronco de árvore recém -cortado ganha
um plano transversal prateado, um toldo descartado passa a brilhar, um recipiente
de lixo abandonado é enfaixado com fita silver tape e uma carcaça
de carro queimado ressurge com novo colorido.
“É preciso estar seguro de você”, 2006
Ao enfrentar relações e valores estabelecidos socialmente,
Marcelo Cidade produz uma “estética de resistência”,
criando obras num embate complexo no campo social, trazendo os signos e
as situações da rua para o interior dos circuitos das artes.
Os trabalhos de Cidade enfatizam um reencontro da arte com a sociedade,
sem deixar de privilegiar a expressão poética e a discussão
da linguagem, mesmo sob a inspiração política da rebeldia
e da transgressão. Ainda que com todo este envolvimento, as obras
produzidas por este artista são autônomas esteticamente. E,
fato importante, Cidade consegue se alimentar deste paradoxal par arte-política,
reconhecendo as suas específicas naturezas, aproximando-as mas, também,
sabendo afastá-las em favor da liberdade e da experimentação
da linguagem. Trata-se de um projeto artístico, cujo fundamento encontra-se
na elaboração da idéia ou do conceito para posterior
objetivação do resultado, encontrando o respaldo necessário
na pesquisa e na experimentação. É o caso de lembrar
da obra “Amor e ódio a Lygia” (2006), um duplo soco inglês
na real dimensão, moldado em bronze e que parte da contraditória
possibilidade agressão-união para problematizar a interatividade
e a participação na arte. Este trabalho é mais um bom
exemplo dos entrecruzamentos entre arte e sociedade e, também, da
relação entre história da arte e produto, uma vez que
a atitude de pesquisador é constante neste artista.
“Rompedor de limites”, 2006
O locus de interesse de Marcelo Cidade é o espaço público,
engendrado no fluxo urbano e tecnológico da sociedade de controle.
Assim, ele foca um lugar para alcançar um outro lugar, realizando
um processo de deslocamento do histórico-geográfico para o
poético, mediado por uma subjetividade crítica e atuando no
interior do campo delimitado pelo já constituído, pelo sujeito
ativo e pelo desejado. De forma semelhante ao jogo cinematográfico
de “Matrix”, este artista quer atacar o núcleo dinâmico
do funcionamento do sistema e a cidade é o lugar privilegiado dos
acontecimentos e é nela que ele vai buscar o seu material de trabalho.
Ruas, muros, viadutos, praças e objetos desafiam o seu olhar. Mas,
também, policiais, burocratas, galeristas, colecionadores e artistas
provocam Marcelo Cidade, incitando-o a confrontos políticos e estéticos.
Destes encontros e das desavenças produtivas com agentes e coisas
do sistema e do circuito artístico nascem os trabalhos de Marcelo
Cidade.
“O homem que constrói sua própria casa é
um homem livre”, 2006
“Intramuros” (2005), apresentado no Paço das Artes, em
São Paulo, é composto por centenas de tijolos com cacos de
vidros colocados na parte superior das inúmeras paredes que cortavam
o espaço expositivo. Assim como este, todos os seus trabalhos esclarecem
esta questão da crítica às relações sociais
estabelecidas. Neste sentido, vale citar as duas séries de fotografias,
realizadas em 2002, “Eu sou ele, assim como você é ele,
assim como você sou eu e nós somos todos juntos”. A série
produzida em Belo Horizonte reúne passantes anônimos, colocados
lado a lado numa calçada do centro da cidade, compartilhando de um
ajuntamento social inusitado que interrompeu o andar solitário e
despersonalizado destas pessoas. Por sua vez, o trabalho feito em São
Paulo repete o mesmo processo, mas incluindo amigos e artistas lado a lado
com a população, no Viaduto Santa Efigênia. A camiseta
que cada um deles veste (bege em Belo Horizonte, cinza em São Paulo)
é um sinal de uma nova possibilidade social e a disposição
e entusiasmo dos corpos evidenciam o poder para reorganizar o espaço
que as pessoas e o artista possuem. A massa e o anonimato se desfazem para
repor o valor coletivo da vizinhança e da descoberta da própria
identidade.
“Fogo fato”, 2006
Atacando direta e poeticamente o centro nevrálgico do sistema, Marcelo
Cidade realizou “Entre sem bater” (2005), instalação
exposta na Base 7, em São Paulo, no qual desnuda o abusivo poder
político e econômico que controla e gerencia os corpos e as
mentes das pessoas, utilizando-se do recurso de uma grande porta que não
se abre e câmeras de vigilância. Antecedendo esta obra, entre
2004 e 2005, o artista produziu “Direito de Imagem”, distribuindo
por vários lugares falsas câmeras feitas de papelão,
instaladas para captar o olhar desprevenido da população e
para indicar a possibilidade de burlar os sistemas de segurança,
corriqueiramente implantados em vários locais. Nesta metáfora
visual, Cidade alcança cegar o panóptico vigiador. Assim,
devolve à circulação símbolos do sistema, de
forma crítica, causando um curto-circuito no esquema da recepção.
Da intersecção eu-mundo origina-se uma obra simples e contundente:
“Nota de culpa” (2005), exposta no sótão da loja
Grapixo, na Galeria do Rock, no centro de São Paulo. Ela é
composta por dois documentos emitidos pela polícia, por ocasião
da prisão de Marcelo Cidade por estar grafitando um trem da CPTM,
em Carapicuíba e reafirma a idéia de resistência estética
para se pensar a produção deste artista. O trabalho feito
especificamente para este espaço expositivo da loja compõe-se
de uma “nota de culpa”, arrolando a prisão em flagrante
delito e o “alvará de soltura”, assinado pelo carcereiro
e que o artista deve portar constantemente como um documento complementar
até a finalização do processo penal. Duas visões
antagônicas se manifestam, a da polícia que considera a pichação
um crime e a do artista que entende o grafite como uma necessidade artística.
Nesta obra, o discurso do poder esvazia-se de sua autoridade, para ressurgir
como linguagem e reafirmação da liberdade na arte. Esta é,
também, uma obra que clarifica a idéia do conflito que se
estabelece entre arte e sociedade capitalista, que vem se desenvolvendo
teórica e filosoficamente desde Karl Marx, passando por Arthur Rimbaud,
Henry Miller e Octavio Paz, sendo que esses dois últimos inspiraram
o termo “tempos de assassinos”, para indicar difíceis
tempos aos poetas e artistas. Nestas circunstâncias, amplia-se o significado
do artista como um resistente no confronto com a regra.
“Nota de culpa” auxilia, ainda, a perceber o processo artístico
de Cidade como algo que procura um resultado além da experiência
meramente visual, entendendo a arte como coisa mental, ou melhor dizendo,
conceitual, numa vinculação com Marcel Duchamp. O produto
estético em Marcelo Cidade é portador da força da idéia,
uma vez que a ação do artista e a presença do objeto
estão organicamente ligadas ao pensamento. Não há objetivação
sem conhecimento, estando por um fio a aproximação com a antiarte.
Talvez, agora, ganhem maior significação dois trabalhos anteriores
que reafirmam a crueza da presença do ser no mundo e mostram que
a reflexão em Marcelo Cidade possui uma dimensão filosófica.
Tratam-se de “Sem título - Mochila” (2001), uma velha
mochila totalmente preenchida com cimento e de “Do cinza ao pó,
do pó às cinzas (ou o que sobrou de um desenho animado)”
(2004), feito de um velho e esgarçado tênis, coberto por um
montículo de cinzas de cigarro, contendo ainda bitucas de tabaco
e de maconha. Estes dois trabalhos ressaltam o uso do humor, recurso recorrente
em diversas obras e apontam para a abordagem de questões do universo
juvenil, que faz aumentar a empatia com as obras do artista.
Marcelo Cidade é um resistente por questionar o sistema e a vida
agônica que ele produz, realizando obras que apanham as tensões
e paradoxos que cruzam os lugares e as estruturas sociais, esparramando-se
nas cidades mundiais, igualando São Paulo a Amsterdan, a Paris ou
a outra metrópole. Cabe, então, anotar que o artista está
lidando com as relações e as coisas no âmbito da desterritorialização,
aguçando ainda mais o sentido universal da arte, neste tempo que
aprofunda a globalização. Nos interstícios desses lugares,
no seu centro ou na periferia, tem origem a micropolítica estética
de Marcelo Cidade, restabelecendo conexões escondidas entre o que
pensa e o que busca o artista e o que pensa e deseja o passante despercebido
ou o agente de segurança do sistema. Ele especula, por meio das suas
obras, sobre o sentido das camadas da cidade, sobre o significado das relações
e dos lugares, não se satisfazendo com a aparência da polis
bem organizada e bem administrada.
Nesse sentido, o artista reorganiza esteticamente o espaço público
e interfere poeticamente na rua, imprimindo novos sentidos e procurando
fazer aflorar as possibilidades a partir das impossibilidades. No vídeo
“... para sua proteção” (2003), registra a sua
intervenção à noite numa rua de Amsterdan, na qual
cerca um conjunto de bicicletas e motocicletas com fita silver tape, mostrando
a ocupação privada do espaço público e alertando
para a ambigüidade do uso do discurso do controle para obter o aval
da legitimidade, já que o artista justificou o seu ato para os proprietários
dos veículos em nome da proteção dos seus bens. Nas
fotografias “Eu-horizonte” (2000-01), o lugar do evento é
delimitado pelo seu corpo em ação, ao estendê-lo nu
nos postes de placas das ruas de São Paulo. Tanto desafia a proibição
da nudez quanto iguala o corpo humano na verticalidade à placa de
sinalização. Estes dois trabalhos expõem que, pela
fundamentação conceitual e presença ativa do artista,
Marcelo Cidade cria zonas de indeterminação entre público
e privado.
Estas experiências nas ruas, unidades geográficas do fluxo
do sistema, aparecem de várias maneiras nos trabalhos de Cidade.
Nesta atual exposição, “Outro lugar”, o artista
coloca um conceito de grafite que pode ser visto claramente em algumas obras
ou apenas percebido como influência exígua em outras. Desde
1996, Marcelo Cidade vem fazendo uso de um heterônimo e grafitando
caligrafias em preto, branco e cinza pelas ruas da cidade e seus arredores.
Nesta exposição, o artista apresenta “Corporação”
(2006), um desenho na parede utilizando-se de uma camiseta afixada e fazendo
uso de spray e diferentes tipos de canetas. Com tais recursos, risca setas
de tamanhos variados que saem do colarinho, das mangas e da barra numa explosão
gráfica. O trabalho “O homem que constrói a sua própria
casa é um homem livre” (2006), escultura feita com placas de
madeira, concreto e pá, traz para o interior da galeria o esforço
do trabalho manual, a atividade produtiva da rua. A herança do grafite
permite ao artista desenvolver uma série de trabalhos, sofisticando
o uso desta técnica nas artes visuais, como fez, por exemplo, em
“Monocromos cinzas” (2002), um diálogo com o minimalismo
utilizando-se da tinta spray e de etiquetas adesivadas para compor um único
plano nas variações possibilitadas pela cor cinza em uma dezena
de telas. O mesmo processo de relocação de signos da rua para
o plano restrito ocorre em “Técnica de elaborar traçado
sem qualquer significação” (2004), no qual o símbolo
da Fepasa é traçado livremente com jatos de tinta preta em
spray sobre uma caixa de luz cega. No plano do acrílico leitoso convivem
o poder visual da forma construída pela empresa e o poder da fragmentação,
dos gestos e da liberdade dos grafiteiros.
Das ruas, Marcelo Cidade canaliza um fluxo de afetividade que solidifica
o seu processo de criação artística, pela aproximação
com os sujeitos e os valores que nelas circulam, apagando a fronteira que
separa a rua do interior das casas. Atraído pelos acontecimentos
das vias públicas e suas reverberações internas, Marcelo
Cidade as percorre não como passante mas como invasor, não
como voyeur mas como pessoa ativa, não para seguir o fluxo das coisas
mas para interrompê-lo. Enfim, ele atua para desestruturar o sentido
dado socialmente aos espaços, valores e objetos neles dispostos.
No vídeo-performance “Quando não há diálogos”
(2005), o artista discute o que é realidade e o que é ficção
e relaciona dialeticamente espaço externo e subjetividades, ao registrar
o desentendimento e a briga entre pessoas, em torno de uma caçamba
de lixo, sem que se compreendam os motivos das ações dos conflitos
(questão esta que é retomada, de outra forma, em “Amor
e ódio a Lygia”). Pode-se dizer que o fundamento da potência
poética de Marcelo Cidade está tanto na individualidade própria
do artista como também no encontro deste com a rua, como demonstram
o clima kafkiano e a coreografia hobbesiana deste vídeo, cujos personagens
insistem numa dança dolorosa de enfrentamento entre seres humanos.
Esta preocupação com a fronteira entre realidade e ficção
leva Marcelo Cidade a questionar o real, aproximando documentação
e ficção ou problematizando a relação entre
registro e memória. Neste caso, o artista apresenta na exposição
“Outro lugar”, um trabalho com uma máquina fotográfica
colada na parede com silver tape e o observador ao olhar pelo visor acompanha
uma seqüência de fotografias de qualquer lugar ou de qualquer
pessoa.
Continuando a reflexão sobre a natureza do processo criativo de Cidade,
pode-se levantar algumas outras questões. Se Hélio Oiticica
da arte ambiental e dos “Parangolés”, da “Homenagem
a Cara de Cavalo” e da bandeira “Seja marginal, seja herói”,
pode ser lembrado como uma referência assimilada por Cidade, Guy Debord
também trouxe embasamentos para a prática do artista. Vale
lembrar que Marcelo Cidade não atua somente na periferia do sistema,
nem apenas no centro privilegiado, mas avançando as indicações
destes artistas pensadores, ele ocupa todos os lugares e interstícios
possíveis, reconhecendo a importância da descentralização
como possibilidade da prática artística. Todos os campos estão
disponíveis, desde Carapicuíba até a avenida 9 de Julho,
desde São Paulo até Amsterdan. Neste momento, convém
destacar a importância da estratégia situacionista no processo
criativo de Marcelo Cidade, ao considerar a pertinência da lógica
da arte contra a lógica da sociedade do espetáculo e a exposição
visual criada pelo artista contra a auto-exposição do capital.
No âmbito deste processo de experimentação, talvez a
idéia mais interessante a ser apontada é a da “psicogeografia
situacionista”, por meio da qual Debord lança uma visão
específica dos espaços urbanos que requerem olhares atentos
e ações particulares para alterar as disposições
dadas nestes espaços e lançar novas perspectivas humanas e
artísticas sobre as cidades. Ganha relevância, ainda, a idéia
complementar de “teoria da deriva”, também colocada por
Debord, para explicitar um procedimento ou uma técnica de circular
ininterruptamente por diferentes espaços urbanos. Vinculando efeitos
de natureza psicogeográfica com as possibilidades da deriva, alcançam-se
ações lúdicas e construtivas que envolvem a interdisciplinaridade
artística e a análise crítica dos ambientes, num movimento
próximo ao da viagem e do caminhar.
Marcelo Cidade vem construindo a sua própria linguagem, avançando
com liberdade no uso dos recursos estéticos, na permanente experimentação
e na apropriação específica do espaço social
urbano. Altera as distribuições e dispositivos arquitetônicos
do lugar do capital e, com isto, cria novas percepções para
as subjetividades. Traduz em poesia a rígida estrutura social do
sistema.
A obra em avanço de Marcelo Cidade permite mergulhar numa original
sensibilidade estética para, então, descortinar os meandros
da contemporaneidade.
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P.S.: Por que Marcelo Cidade é um bom exemplo da relação
arte – política, sem perder as dimensões criativa e
radical da arte?
- porque exerce a liberdade individual do artista;
- porque até nos títulos de seus trabalhos ele procura abrir
espaços de manifestação da sua concepção
de mundo, produzindo ruídos e informações para se vislumbrar
outros lugares;
- porque fratura a linguagem pela capacidade de atravessar os mais diferentes
âmbitos e suportes do campo da arte;
- porque, numa postura política, nascida da radicalidade estética,
nega a política, aquela que constrói o espaço público
do sistema;
- porque, numa postura crítica, indaga e questiona o real;
- porque se desencanta com a sociedade ocidental ao evidenciar a difícil
sociabilidade e desta dificuldade propõe novas perspectivas e leituras;
- porque faz uma intromissão, calculadamente poética, no ordenamento
do sistema;
- porque inscreve o seu nome, grafitando a sua marca pessoal no muro anódino
da polis e também por subverter a hierarquia dos lugares e dos valores;
- porque incorpora a dúvida, o enigma e o incompreensível
na expressão estética;
- porque suas ações são experiências que potencializam
novos olhares e atuações estéticas;
- porque escreveu duas mil vezes a frase “Resistir = (re) existir”,
deixou o bloco de folhas contendo as frases no topo de um edifício
ocupado por um movimento dos sem teto, em 2005, no centro de São
Paulo e, esta é a decisão relevante, deixou que o vento se
encarregasse de distribuí-las por vários lugares;
- e porque, recuperando Jean-Luc Godard (“JLG por JLG”), enfrenta
a coerção e contesta o sistema, fazendo da arte a exceção
contra a regra.
São Paulo, fevereiro de 2006.
Miguel Chaia - Professor e pesquisador do Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política, do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP.

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