Serras da desordem: imagens de pensamento em Andréa Tonacci
13 de Setembro de 2007
Debate com Andréa Tonacci (Direção e Roteiro) e
Cristina Amaral (Montagem)
Data: 13 de Setembro de 2007
Local: Auditório Superior do TUCA
Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes
Horários: das 18:50 às 21:05hs – Exibição do Filme (135min.)
das 21:15 às 23:00hs – Comentários e Debate
FICHA TÉCNICA
Índios (interpretando a si mesmos): CARAPIRU* TIRAMUKÕN* CAMAIRÚ* MYHATXIÁ*
Não-índios (interpretando a si mesmos): SYDNEY F. POSSUELO* ESTELITA ROSALITA DOS SANTOS * WELLINGTON G. FIGUEIREDO* LUIZ AIRES DO REGO* JOÃO CHAVES DA SILVA* SUELI BONE DA SILVA* REGINA ELISABETH DE MORAES*
Atriz Coadjuvante: TALITA ROCHA (jovem professora)
Produção executiva e direção: ANDRÉA TONACCI
Roteiro: ANDREA TONACCI, SYDNEY POSSUELO, WELLINGTON FIGUEIREDO *
Produção executiva: ANDREA TONACCI*
Direção de Fotografia: ALOYSIO RAULINO (fotografia principal 35mm e P&B)* ALZIRO BARBOSA (35mm e P&B)* FERNANDO COSTER (DV)*
Direção de Arte: ARNALDO ZIDAN*
Música e Trilha Sonora Original: RUI WEBER *
Montagem: CRISTINA AMARAL*
Empresa Produtora: EXTREMART – EXTREMA PRODUÇÃO ARTÍSTICA *
Em comemoração aos seus 10 anos de existência, o NEAMP promove mais um evento Cinema, Arte e Política, desta vez exibindo o filme Serras da Desordem (2006) e contando com a presença de seu diretor, Andrea Tonacci, e Cristina Amaral (Montagem).
Mais conhecido pelo quase-mitológico Bang Bang (1970) - marco do chamado "cinema marginal" -, e eleito por críticos de cinema, cineastas e revistas especializadas como um dos maiores clássicos do cinema brasileiro, Tonacci volta com seu segundo longa de ficção após um período dedicado a filmes documentários e institucionais.
Em Serras da Desordem, Tonacci recria a história do índio Carapiru. Pertencente ao povo dos guajás, no Maranhão, tem sua aldeia desmantelada e massacrada por grileiros nos anos 70. Perambulando numa longa errância de cerca de 10 anos, Carapiru vai parar no sertão da Bahia, quando é levado pelo sertanista Sydney Possuelo para Brasília, na busca de uma identificação incerta por possíveis remanescentes de sua comunidade.
Ainda inédito no circuito comercial, Serras da Desordem, exibido em festivais, Cinemateca, universidades e salas especiais, recebeu os seguintes prêmios: Festival de Gramado – 2006 – 3 Kikitos – melhor filme, melhor direção e melhor fotografia; Mostra Internacional de Cinema em São Paulo – 2006 - Prêmio de melhor filme e Prêmio da Crítica Independente de melhor filme; Vencedor do prêmio Jairo Ferreira de melhor filme nacional – 2006; Ecocine – premio de melhor filme em 2006.
Na reconstrução da história de Carapiru, sobressaem-se a inventiva mescla entre documentário e ficção, o recurso à linguagem do metacinema, as imagens de fusão, as decupagens e as suspensões, a construção de alegorias do Brasil dos anos 70 e o atual, entre outras, o que torna o cinema reflexivo de Tonacci num ensaio portador de desafios, inquietações e rupturas críticas.
Com Jean-Luc Godard estamos diante do cinema enquanto "forma que pensa". Com Walter Benjamin, diante de "imagens dialéticas", onde a relação do passado com o agora se dá como uma "constelação de tensões". Algo como uma "iluminação súbita" que carrega "no mais alto grau a marca do momento crítico, perigoso, subjacente a toda leitura" (Passagens, 2006, NA 3,1, p. 505).
É para essas e outras "leituras" que o NEAMP convida alunos de graduação e pós, pesquisadores, professores, cinéfilos e outros interessados no debate de Serras da Desordem e na interlocução com seus realizadores.
Ana Amélia da Silva
Departamento de Sociologia e Programa de Estudos
Pós-Graduados em Ciências Sociais.
Pesquisadora do NEAMP.
Após a exibição do filme, seguem-se comentários e debate com o público.
Coordenação do Evento:
Ana Amélia da Silva
Comentários de:
Carmen Sylvia Junqueira (Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais, Departamento de Antropologia e pesquisadora do Núcleo de Estudos de Etnologia Indígena, Meio Ambiente e Populações Tradicionais da PUC-SP).
Jane de Almeida (professora de Arte e Tecnologia, PUC-SP; de Arte e História da Cultura, Universidade Mackenzie). Responsável pela curadoria de várias mostras de cinema no CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil, entre elas, Estratégias da Imagem: cinema e pós-cinema (2003); Metacinema (2004), Grupo Dziga Vertov (2005), encontrando-se no prelo a mostra Alexander Kluge – o 5º Ato (setembro de 2007).
Apoiam o evento:
Núcleo de Estudos em Etnologia Indígena, Meio Ambiente e Populações Tradicionais (Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais)/ Grupo de Estudos de Cinema – Pele e Película (Faculdade de Ciências Sociais) / Museu da Cultura/ TUCA/ VIDEOTECA/ExtremArt.
Para maiores informações:
Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais
Tel: (11) 3670-8517
Obs.
Pela duração do filme, a exibição se iniciará, rigorosamente, às 18:50hs do dia 13/09
Auditório Superior do TUCA (80 lugares)
Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes.

Rua Ministro Godoi, 969 - 4º andar - sala 4E-20 - CEP 05015-001




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