Si, Podemos? Novas práticas polítcas Espanha e América Latina

Data e horário - Mesa do dia 25 de novembro de 2016 das 18:00 às 21:00 horas

Participação especial de Beto Vasquez (assessor parlamentar do Podemos na Espanha); Rosemary Segurado (professora da FESPSP e da PUC/SP) e Salvador Schavelzon (professor da UNIFESP e USP-Leste).
Local FESPSP, rua General Jardim, nº 522 – São Paulo

A atual conjuntura internacional expressa uma ruptura na legitimidade dos pactos sociais, particularmente numa crise de representação e num contexto de desigualdade socioeconômica crescente e desmesurada, concentrando a indignação social nos espaços públicos das grandes urbes e criando novos significantes comuns na ação politica da sociedade civil. A Primavera Árabe, o Direm Grezi na Turquia, o Occupy Wall Street e os Indignaos e o 15-M espanhóis, conformam exemplos de uma chamada “tendência mundial” na aglomeração de heterogêneas expressões populares por sensos de desconformidade social.

Os movimentos Nacionais Populares na América Latina, a partir das lutas anti neoliberais dos anos 90, deram início ao século 21 com singular entusiasmo e otimismo. Ocuparam as instituições políticas tradicionais, inovando em políticas públicas, criando novos marcos de neo-desenvolvimentismo e novos projetos de integração regional numa década de transformações históricas. No entanto, ditas conquistas enfrentam profundos desafios, pelos limites e contradições dos projetos progressistas, e agressivos retrocessos fruto do fortalecimento e reorganização das direitas locais e os grupos de interesse estratégico do capital internacional.

Dita década “luminosa” latinoamericana inspirou diversos processos políticos ao redor do mundo, sendo o PODEMOS na Espanha um dos mais audaciosos. Analisando a conjuntura do 15-M, a indignação geral expressa na frase: “no nos representan”, e o vácuo de significantes ideológicos, abriu-se um espaço de disputa que foi criativamente aproveitado. PODEMOS conseguiu, em menos de um ano, pôr 69 deputados no congresso e quebrar o bipartidarismo tradicional da Espanha entre o Partido Popular (PP) e o Partido Socialista Obrero Espanhol (PSOE). A nova investidura de Mariano Rajoy abre o campo de disputa em novos desafios. O bipartidarismo morreu na coalisão PP, PSOE e ciudadanos? É hoje PODEMOS a principal oposição ao governo do Rajoy? Quais as novas estratégias de PODEMOS na mudança do panorama “do assalto ao céu à luta de posições”? Que desafios e possibilidades existem na relação de PODEMOS com os cidadãos? São algumas das perguntas que iram nortear a Mesa do dia 25 de novembro de 2016, pensando possibilidades na nova conjuntura politica, econômica e social que se vive na América Latina.