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Página Inicial | Eventos - Palestra MOSTRA MEMÓRIA E CENSURA NO CINEMA BRASILEIRO NO CINECLUBE PÓLIS

Palestra MOSTRA MEMÓRIA E CENSURA NO CINEMA BRASILEIRO NO CINECLUBE PÓLIS

10 a 26 de junho

Sempre à partir das 19h
Cineclube Pólis – Rua Araújo, 124 – Vila Buarque (próximo ao metrô República)

O Cineclube Pólis, em parceria com NEAMP - Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política do Programa de Pós-graduação da PUC-SP, organiza a mostra "Memória da Censura no Cinema Brasileiro". Compõe a Mostra filmes produzidos por volta de 1968, do cinema novo e cinema marginal, que em geral enfrentaram problemas com a censura que vão desde cenas cortadas à tentativas de interdição total.

 

A idéia da Mostra surgiu a partir da pesquisa realizada por Leonor Souza Pinto, que reuniu processos de censura, documentos do DEOPS-SP e arquivos da imprensa referentes a 444 filmes brasileiros produzidos no período de 1964 a 1988. Esses materiais relatam os procedimentos da censura brasileira, seus agentes e seus critérios ideológicos e morais. Todo o material da pesquisa está disponível publicamente no site www.memoriacinebr.com.br

 

A seleção dos filmes para essa Mostra não apenas faz referência aos quarenta anos do agitado ano de 1968, mas também se pauta pela enorme fertilidade criativa da produção cinematográfica brasileira desse período que coincide com o recrudescimento do regime militar. É nesse cruzamento entre sombra política e luz cinematográfica, entre cinema novo e cinema marginal que apresentamos a Mostra "Memória da Censura no Cinema Brasileiro."

 

Mostra Memória e Censura no Cinema Brasileiro
De 10 a 26 de junho
Sempre à partir das 19h
Cineclube Pólis – Rua Araújo, 124 – Vila Buarque (próximo ao metrô República)

 

PROGRAMAÇÃO

10 de junho
Blá... blá... blá... – de Andrea Tomacci
1968, p&b, 30min
Com: Irma Alvarez, Paulo Gracindo, Nelson Xavier, Cláudio Sganzerla, Vicente
Mutareli, Marcelo França, Eduardo Mamede
Um país em convulsão política, centrado em um político golpista que declara guerra permanente contra as instituições, as agitações e qualquer tipo de oposição ao governo. Esta figura que assume absolutamente o monopólio do poder, numa situação em que a revolução devora a si mesma gerando poderes paralelos.

 

Como contrapartida a presença da guerrilha e a ação de ativistas que propõe o uso da violência para enfrentar a repressão e o extermínio político.

1968 – de Glauber Rocha e Afonso Beato
1968, p&b, 22min

 

O documentário inacabado é o filme-enigma de Glauber Rocha. Co-dirigido pelo fotógrafo Affonso Beato, pouco se sabe das motivações e dos planos dos autores com este trabalho, que continua um desafio aberto para os pesquisadores da obra glauberiana.

 

Debatedor: Miguel Chaia, pesquisador do NEAMP Núcleo de Estudos em Arte Mídia e Política do Programa de Pós-graduação da PUC-SP.

 

12 de junho

Fome de Amor – de Nelson Pereira dos Santos
1968, p&b, 73 min

Com: Leila Diniz; Arduíno Colassanti; Paulo Porto; Irene Stefânia; Manfredo Colassanti

Quatro personagens se encontram em uma ilha do litoral fluminense. Alfredo, cego, surdo e mudo, é o proprietário da casa de veraneio, seu refúgio. Ula é sua mulher. Mariana fazia um estágio musical em Nova Iorque quando conheceu Felipe, seu marido. Ula e Felipe se tornam amantes, enquanto Mariana se aproxima de Alfredo.

 

Debatedor: Edgard de Assis Carvalho, pesquisador do Núcleo de Estudos da Complexidade do Programa de Pós-graduação da PUC-SP.

 

17 de junho
Liberdade de imprensa - de João Batista de Andrade

1967, p&b, 25 min
Documentário que discute a Lei de Imprensa, promulgada em fevereiro de 1967, que estabeleceu oficialmente a censura no Brasil.

 

Lance Maior – de Sylvio Back
1968, p&b,100 min

Com: Reginaldo Faria, Regina Duarte, Irene Stefânia, Isabel Ribeiro, Sérgio
Bianchi

Mário, estudante universitário e bancário, através de uma ligação amorosa com Cristina, jovem rica, orgulhosa e emancipada, tenta ascender socialmente. Entre os dois coloca-se a sensual comerciária Neusa, inexperiente e revoltada com a condição humilde de sua família. Cada um buscando um lugar ao sol da vida, enredam-se num diabólico jogo de sexo e amor.

 

Debatedor: João Batista de Andrade / Felipe Macedo

 

19 de junho

O Bandido da Luz Vermelha – de Rogério Scanzerla
1968, p&b, 92 min

Com: Paulo Villaça, Helena Ignez, Luiz Linhares, Pagano Sobrinho
Marginal paulista coloca a população em polvorosa e desafia a polícia ao cometer os crimes mais requintados. Conhece a provocante Janete Jane, famosa em toda a Boca do Lixo, por quem se apaixona. Ela o delata, provocando o seu suicídio.

 

Debatedora: Helena Ignez (atriz do filme)

 

24 de junho

Brasil Ano 2000 – de Walter Lima Jr.
1969, cor, 95 min

Com: Anecy Rocha, Ênio Golçalves, Iracema de Alencar, Hélio Fernando Ziembinsky, Manfredo Colasanti, Hélio Fernando (filho), Rodolfo Arena, Jackson de Souza, Afonso Stuart, Alberto Prado, Arduíno Colasanti, Aizita do Nascimento, Raul Cortez, Bruno Ferreira; Gal Costa.


Após a terceira guerra mundial, uma família chega a uma pequena cidade que aguarda o lançamento de um foguete, com a presença de um general. Por necessidade, aceitam fazer o papel dos índios, para justificar a existência de um funcionário do Serviço de Proteção ao Índio. Quando chega o general, um jornalista desmascara a fraude e tenta fugir com a mulher. Depois de uma pane, o foguete decola e a satisfação do general favorece a calma. A mulher parte, à procura de seu destino. Debatedor: Ênio Golçalves (protagonista do filme)

 

26 de junho
Navalha na Carne – de Braz Chediak
1970, p&b, 99min

Com: Jece Valadão, Glauce Rocha, Emiliano Queiroz, Ricardo Maciel, Carlos

Kroeber, Gilda Nery Neusa Suely, prostituta profissional, sai de casa para a vida noturna, deixando na mesa da cabeceira algum dinheiro para o seu amante Vado, que dorme despreocupadamente. Veludo, um homossexual, entra para arrumar o quarto e rouba o dinheiro para dá-lo a um rapazinho que pretende conquistar. Ao acordar, Vado fica furioso com a amante e a espera para reclamar o dinheiro. Ele a maltrata fisica e moralmente. A mulher fica surpresa e rebate violentamente as investidas do amante. Os dois chegam à conclusão de que só poderia ter sido Veludo o ladrão. Debatedor: Mauro Luiz Perón.

 

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